Tinha um rei três filhas belíssimas. Mas, por mais encantadoras que fossem as duas mais velhas, era possível encontrar na linguagem humana elogios proporcionados ao seu mérito, ao passo que a menor era de perfeição tão rara, tão maravilhosa, que não havia termos que a exprimissem. Os habitantes do país, os forasteiros, enfim todos acorriam, atraídos pela reputação de semelhante prodígio; e depois de contemplarem tal beleza de que nada se aproximava, ficavam confusos de admiração, e, prosternando-se, a adoravam com religioso respeito, como se se tratasse da própria Vênus.
Em breve, espalhou-se a nova de que era a própria Vênus que vinha habitar a terra sob a aparência de simples mortal, e o prestígio da verdadeira deusa ficou abalado. Ninguém mais ia a Cnido, ninguém mais ia a Pafos, ninguém mais navegava para a risonha ilha de Cítera. Os antigos templos de Vênus estavam vazios, as cerimônias negligenciadas, os sacrifícios suspensos, e os seus altares solitários só apresentavam uma cinza fria no lugar do fogo onde antes ardiam incensos. Mas quando Psique passava, o povo, apinhado, tomando-a por Vênus, lhe apresentava grinaldas, atirava-lhe flores, dirigia-lhe votos e preces. De todas as partes do mundo vinham peregrinos oferecer-lhe vítimas
Um comentário:
Teu blog a cada dia está melhor. Está ficando a sua cara e por isso, está ficando lindo. Parabéns!!
Me orgulho muito de ti!!!
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