terça-feira, 25 de março de 2008

Beleza de Psique

Beleza de Psique

Tinha um rei três filhas belíssimas. Mas, por mais encantadoras que fossem as duas mais velhas, era possível encontrar na linguagem humana elogios proporcionados ao seu mérito, ao passo que a menor era de perfeição tão rara, tão maravilhosa, que não havia termos que a exprimissem. Os habitantes do país, os forasteiros, enfim todos acorriam, atraídos pela reputação de semelhante prodígio; e depois de contemplarem tal beleza de que nada se aproximava, ficavam confusos de admiração, e, prosternando-se, a adoravam com religioso respeito, como se se tratasse da própria Vênus.
Em breve, espalhou-se a nova de que era a própria Vênus que vinha habitar a terra sob a aparência de simples mortal, e o prestígio da verdadeira deusa ficou abalado. Ninguém mais ia a Cnido, ninguém mais ia a Pafos, ninguém mais navegava para a risonha ilha de Cítera. Os antigos templos de Vênus estavam vazios, as cerimônias negligenciadas, os sacrifícios suspensos, e os seus altares solitários só apresentavam uma cinza fria no lugar do fogo onde antes ardiam incensos. Mas quando Psique passava, o povo, apinhado, tomando-a por Vênus, lhe apresentava grinaldas, atirava-lhe flores, dirigia-lhe votos e preces. De todas as partes do mundo vinham peregrinos oferecer-lhe vítimas

Um comentário:

Idenaldo Rodrigues disse...

Teu blog a cada dia está melhor. Está ficando a sua cara e por isso, está ficando lindo. Parabéns!!

Me orgulho muito de ti!!!